sábado, 23 de junho de 2018

10 Regras Simples sobre Finanças Pessoais ou Tudo o que sempre quiseste saber sobre dinheiro (mas tinhas vergonha de perguntar)

Introdução

Veja aqui um conjunto de 10 regras simples sobre como gerir as suas finanças pessoais.

Ouvi recentemente um podcast da Freakonomic Radio com o título Everything You Always Wanted To Know About Money (But Were Too Afraid To Ask). Foi um excelente episódio e que vai de encontro ao que penso sobre a gestão das finanças pessoais. Neste episódio é feita a entrevista ao autor Harold Pollack sobre um conteúdo na forma de 9 simples regras.

Lembre-mo-nos que uma grande parte da nossa população é de certa forma financeiramente iliterada, e que um conjunto de regras simples pode ser útil para começar, e servir de base a discussões mais aprofundadas a certos temas.

Tive então a ideia de traduzir e adaptar o conteúdo à nossa realidade Portuguesa e que apresento a seguir. Lembro que num contexto anglo-saxónico, ie, Reino Unido ou Americano, é comum as famílias pouparem e investirem o seu dinheiro de forma mais ou menos activa pois não contam com as mesmas garantias do estado social que nós temos em Portugal, principalmente na reforma. Mesmo assim faz sentido tomar providencias para poder enfrentar os desafios financeiros da vida, ainda para mais quando sabemos que o estado também pode um dia falir.

10 Regras Simples sobre Finanças Pessoais

1. Tentar poupar entre 10 a 20 porcento do rendimento

Sei que fácil falar mas é difícil poupar. Também não faz sentido apresentar um número fixo de poupança já que depende das condições de cada um. Mas a poupança é a única maneira de se ter fundos para a seguir investir.

2. Manter um Fundo de Emergência

Pode parecer que não, mas ter algum dinheiro poupado mas disponível, como fundo de emergência pode trazer muita paz de espírito. É como se o nosso inconsciente soubesse que temos ali um seguro contra qualquer emergência, e só por isso nos deixa andar mais tranquilos.

3. Pagar o Cartão de Crédito por Inteiro

Se tiver cartão de crédito e usar regularmente, deve pagar o montante em divida por inteiro todos os meses. Os juros de  mais de 10% que estes cartões cobram, faz com que sejam um sorvedouro do nosso dinheiro.

Quem diz o cartão de crédito diz outras fontes de gastos sem retorno, como crédito ao consumo, ou, o pior de todos, os jogos de azar, seja raspadinhas, euromilhões, ou jogar em casinos. É dinheiro que nunca mais volta.

4. Tirar partido ao máximo dos incentivos fiscais

Sabendo que o estado cobra impostos sobre o rendimento de capitais, mas que permite poupar dinheiro em planos tipo PPR, com benefícios fiscais, faz sentido tirar partido o máximo partido desses benefícios.

5. Não comprar e vender acções individuais

Investir em acções do mercado de valores de forma activa, ie, comprar e vender acções individuais, com esperança de ter lucro é uma tolice. Está provado que uma pessoa normal, que responde às suas próprias emoções, é um péssimo investidor deste tipo. Vai-se entusiasmar e acabar por comprar quando está caro e depois assustar e vende quando está barato. Tem contra ela banqueiros e robots sem emoções que fazer esse trabalho muito melhor. Alem de que em caso de desastre, tem geralmente o risco muito mal distribuído. Tem ainda os custos das transacções, que para pequenos investidores, podem ser significativos.

6. Investir em Fundos de Índice


O contrario de andar a comprar e vender acções individuais é investir em fundos indexados, com baixos custos, que acompanham os mercados bolsistas e a longo prazo tem-se mostrado consistentemente rentáveis. Mas por favor não se acreditem em mim, acreditem-se no meu amigo Warren Buffett.

Na verdade não é fácil fazer este tipo de investimento em Portugal já que os nossos bancos não tem muitos destes fundos em carteira.

7. Comprar Casa na altura certa

A compra de casa própria é muitas vezes o principal investimento que uma família faz durante toda a sua vida. Na maioria das vezes, esta compra é feita com recurso a crédito hipotecário. Não podemos pensar que os bancos que nos emprestam o dinheiro tem os nossos interesses em 1º lugar. Ou seja, não é porque o banco empresta que devemos aceitar comprar, mesmo que parecem boas as condições. 

Sendo assim, e visto não ser possível poupar todo o dinheiro antes de comprar, deve-se comprar na altura certa, ou seja, quando já se tem um valor de entrada razoável e também quando o mercado esteja favorável e com as casas a um preço acessível. Porquê? Porque desta forma se pode ter uma mensalidade suficientemente baixa, para mesmo em tempos de crise, poder continuar a cumprir com as obrigações.

8. Seguros

Os seguros principais como seguros de saúde, vida, imóvel, automóvel, etc, não são investimentos mas são um uso racional do dinheiro de cada um. Embora representem um gasto, ajudam a prevenir situações catastróficas e raras contra as quais qualquer individuo dificilmente conseguiria fazer frente sozinho.

9. Apoiar a segurança social

Precisamente por termos um estado social e Portugal, que melhor ou pior, tem conseguido manter uma boa coesão social com apoio educação, saúde e velhice, devemos contribuir a nossa justa parte.

10. Lembrar as regras

Começo a poupar para o ano..., é só um euro para uma raspadinha..., o banco empresta a 100%.... O que não falta são "armadilhas" e facilidades para não cumprir as regras. Mas, pelo menos enquanto não se tiver um bom fundo de maneio e algum desse fundo investido, é importante manter a disciplina. Depois de se ter algumas poupanças investidas, e de receber algum rendimento dessas poupanças, é mais fácil encontrar a motivação necessária para continuar. O que custa aqui é mesmo começar.

Pub. +140 Imóveis Vendidos, Ana Rio da Remax




Sem comentários:

Enviar um comentário